Há coisas neste mundo
Impossíveis de se esquecer
Como o sol da meia-noite
E a lua ao alvorecer
Há coisas neste mundo
Impossíveis de se perder
Como o dia em que tropecei
E o que veio a aparecer
Uma boneca em longos trapos
Perdi-me extenuado
Aos seus pés então fiquei
Sem forças,ajoelhado
Sua face inexpressiva
Feito o vidro entrecortado
Bochechas mais que rosadas
Seria sangue,ali pintado?
Há coisas neste mundo
Impossíveis de se perder
Como sua respiração ausente
E a vida a permanecer
Tudo rasgava-me a pele
Precariedade como há
Ardiam os meus olhos
Ficava ame fitar
Por mais que jorrasse
De que iria adiantar?
Enorme rio que escorria
Nada fazia para ajudar
Há coisas neste mundo
Impossíveis de se esquecer
Como aquela porcelana em trapos
E minha alma a falecer
Há coisas neste mundo
Impossíveis de se perder
Como aquela porcelana em trapos
E minha alma ao entardecer.
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