sexta-feira, 5 de agosto de 2011

--*Anjo Negro*--



Te vejo caminhando pelas ruas
Juntamente com a chuva que cai
Na mesma direção decadente
Em que aponta o teu semblante

Preso na própria jaula de brumas cinzentas.

Não apenas nós neste meio
Gatos traiçoeiros te observam
Sentinelas em cima dos muros
Caldas balançantes feito relógios

Você é o pássaro.

Tudo que desejo é te tirar daqui
Para ver o que acontece
Mas não passo de um anjo negro
Então roubarei de todos os pássaros coloridos

Võe com as asas de penas furtadas,apenas para você.

Sempre aquela cena deplorável
Te vejo caminhando pelas ruas
Tão decrépto quanto as grandes brumas
Girando na rodinha e no balanço

Se ousasse sair,talvez fosse mais divertido.

Tudo o que desejo é te tirar daqui
Para observar o que acontece
Mas não passo de um anjo negro
Então roubarei de todos os pássaros coloridos

Võe com as asas de penas furtadas,apenas para você.

Brinque com os olhares
Enrole as caldas balançantes
Faça-os cair ,gatos sentinelas
Feito a chuva e teu semblante

Larápios de tua feição.

Ainda persiste em chover
Mas não passo de um anjo negro
Logo acima das nuvens
Lembrei-me das asas,esqueci das chaves

Conseguirá escapar ?

Tudo que deseja é que te tirem daí
Para ver o que acontece
Mas não passo de um anjo negro
E a chuva cai junto ao teu semblante

Võe com as asas de penas furtadas,apenas para você.



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